Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar modelos hipsométricos, volumétricos e de afilamento para estimar a altura, o volume e o perfil do fuste de árvores de clones de eucalipto (Eucalyptus grandis × Eucalyptus urophylla), em sistema agrossilvipastoril. Foram coletados dados de parcelas permanentes em sistema agrossilvipastoril com oito anos de idade, composto por três clones de eucalipto (VE01, VE06 e VE07), localizado no município de Coronel Xavier Chaves, no estado de Minas Gerais, Brasil. Dois modelos hipsométricos, três volumétricos e quatro de afilamento foram ajustados aos dados de cada clone e comparados entre si para selecionar o mais bem ajustado. As equações se ajustaram bem aos dados observados, e aquelas dos modelos de Campos, Schumacher-Hall e Garay se destacaram como as melhores. Além disto, o teste F de Graybill mostrou que as equações hipsométricas e volumétricas devem ser ajustadas separadamente para cada material genético. O modelo de Garay foi o melhor modelo de afilamento para estimar perfis de fuste de todos os clones, com uma única equação.

Abstract The objective of this work was to evaluate height-diameter, volumetric, and taper models to estimate the height, volume, and bole profile of trees of eucalypt clones (Eucalyptus grandis × Eucalyptus urophylla) in an agrosilvopastoral system. Data were collected from permanent plots in an eight year-old agrosilvopastoral system, composed by three eucalypt clones (VE01, VE06, and VE07), located in the municipality of Coronel Xavier Chaves, in the state of Minas Gerais, Brazil. Two height-diameter, three volumetric, and four taper models were fit to the data of each clone and compared to each other, in order to select the best-fitting one. The equations fitted well to the observed data, and those of the models of Campos, Schumacher-Hall, and Garay stood out as the best ones. In addition, Graybill’s F-test showed that the height-diameter and volumetric equations must be fitted separately for each genetic material. The model of Garay was the best taper model to estimate the bole profiles of all clones using a single equation.

RESUMO O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma planta forrageira importante que tem sido proposta como matéria-prima potencial para a produção de bioenergia. No entanto, a interferência das plantas daninhas é um fator limitante na produção do capim-elefante. Experimentos de campo foram realizados em 2014 e 2015 para avaliar herbicidas aplicados em condições de pré-emergência para o controle seletivo de plantas daninhas em pastagem de capim-elefante. Os tratamentos herbicidas incluíram atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, diuron + hexazinone, sulfentrazone, imazethapyr e atrazine em doses normalmente recomendadas no rótulo. Foram incluídas as testemunhas sem capina e capinadas. Atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, sulfentrazone e atrazine não causaram fitotoxicidade em capim-elefante aos 35 dias após os tratamentos (DAT). No entanto, diuron + hexazinone e imazethapyr foram os mais fitotóxicos ao capim-elefante, resultando em 81 e 70% de fitotoxicidade em 2014, e 7 e 6% em 2015, aos 35 DAT, respectivamente. Todos os tratamentos de controle de plantas daninhas foram eficazes (> 81%) com a exceção de ethoxysulfuron (0 e 11%, em 2014 e 2015, respectivamente) e atrazine (59%, em 2014). Estes resultados mostram que os herbicidas atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, sulfentrazone e atrazine foram seletivos quando aplicados em pré-emergência em pastagem de capim-elefante.

ABSTRACT Elephant grass (Pennisetum purpureum Schum.) is an important forage crop that has been proposed as a potential feedstock for bioenergy production. However, weed interference is a major factor limiting elephant grass production. Field experiments were conducted in 2014 and 2015 to evaluate preemergence herbicides for selective weed control in an elephant grass pasture. Herbicide treatments included atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, diuron + hexazinone, sulfentrazone, imazethapyr, and atrazine at label use rates. Weedy and weed-free treatments were included. Atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, sulfentrazone, and atrazine did not cause phytotoxicity on elephantgrass 35 days after treatment (DAT). However, diuron + hexazinone and imazethapyr were the most phytotoxic on elephantgrass, resulting in 81 and 70% phytotoxicity in 2014, and 7 and 6% phytotoxicity in 2015 respectively 35 DAT. All treatments provided effective weed control (>81%) with the exception of ethoxysulfuron (0 and 11% in 2014 and 2015, respectively), and atrazine (59% in 2014). These results show that atrazine + S-metolachlor, atrazine + simazine, ametryn, ethoxysulfuron, S-metolachlor, sulfentrazone, and atrazine were selectives when applied in preemergence in elephant grass pasture.

O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de restabelecimento de pastagem de grama-estrela-africana (Cynodon nlemfuensis) após aplicação do herbicida glifosato, na pré-semeadura da cultura do milho. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram: doses do equivalente ácido (e.a.) do herbicida glifosato (0, 720, 1.440, 2.160, 2.880 e 3.600 g ha-1) e a testemunha capinada. A grama-estrela-africana é tolerante às doses normalmente recomendadas do herbicida (720 a 1.080 g ha-1 de e.a). Doses de glifosato de 1.232 a 1.439 g ha-1 de e.a. suprimem a grama-estrela-africana, evitam sua competição com a cultura do milho, e permitem a recuperação da pastagem após a colheita do milho.

The objective of this work was to evaluate the recovery capacity of African star grass (Cynodon nlemfuensis) after glyphosate application in pre-sowing of corn. A randomized block design was used, with four replicates. The treatments were doses of acid equivalent (a.e.) of the herbicide glyphosate (0, 720, 1,440, 2,160, 2,880, and 3,600 g ha-1) and a hoed control. African star grass is tolerant to the usually recommended doses of the herbicide (720 to 1,080 g ha-1 a.e.). Doses of glyphosate, ranging from 1,232 to 1,439 g ha-1 a.e. suppress the grass, avoid its competition with corn, and allow the recovery of the pasture after the corn harvest.